PET B HOME - O MEU GATO NÃO VAI À RUA. ELE TAMBÉM PRECISA DE VACINAS?
O MEU GATO NÃO VAI À RUA. ELE TAMBÉM PRECISA DE VACINAS?
Ao contrário do que muitas vezes pensamos o nosso amigo felídeo, também precisa de vacinas mesmo que não tenha acesso à rua.

No caso dos gatos indoor os próprios donos podem ser os propagadores de vírus, simplesmente ao andar na rua e terem contacto com outros gatos. Os vírus mais resistentes podem agarrar-se às roupas e resistir durante meses. Quando o dono entra em casa e tem contacto com o gato, pode estar a transmitir-lhe os vírus que vieram do exterior.

Sabemos que a forma mais frequente e de fácil de transmissão é através do contacto entre gatos, mas também é do nosso conhecimento que estes felinos são peritos em fuga, nunca se sabe se algum dia o nosso gatinho não conseguirá escapar para a rua…e se o fizer não regressará com uma doença.

Portanto as vacinas são fundamentais para cuidar da saúde dos nossos felideos, pois com elas prevenimos e evitamos doenças tanto virais quanto bacterianas que, em alguns casos, podem chegar a ser mortais. Pelo que a vacinação consiste na inoculação de vírus no organismo, sejam vivos, modificados ou ativados, para que produzam defesas (anticorpos) contra o referido vírus, gerando, assim, memória imunitária contra determinadas doenças.

Por lei e ao contrário dos cães, não existem vacinas obrigatórias para os gatos.

As vacinas básicas são recomendadas a todos os gatinhos e gatos independentemente do seu estilo de vida, enquanto as vacinas não essenciais (também denominadas não básicas) são recomendadas com base na exposição à doença ou ao vírus específico.

Na familia das vacinas básicas, está a vacina trivalente que inclui:

  • Parvovírus felino (FPV): responsável pela panleucopenia felina. Trata-se de um vírus ADN que possui um tropismo especial pelo epitélio intestinal, a medula óssea ou os tecidos linfoides. É muito contagioso, transmitindo-se por via oral. Os sinais clínicos são vómitos, desidratação grave, febre elevada, anorexia e diarreia.
  • Herpesvírus felino 1 (FHV-1)
  • Calicivírus felino (FCV): também provoca rinotraqueíte felina. Além de possuir um tropismo pelas mesmas zonas que o FHV-1, também pode multiplicar-se no pulmão e na mucosa oral. Entre os sinais clínicos destacam-se os espirros, conjuntivite, blefarospasmo, hipersalivação e a tosse.4


Textos de Nadine Viegas | Médica Veterinária
PET B HOME | 2020-03-19
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